quarta-feira, 6 de agosto de 2008

A China e o Barão

Começaram as Olimpíadas. Para mim, época de muita diversão e sono. De sentir-se testemunha da história. De registrar na memória mais algumas imagens que nunca se apagarão. Como aquela de Joaquim Cruz carregando a bandeira brasileira após ganhar o ouro olímpico nos 800 m em Los Angeles, 1984. Ou a famosa chegada da suíça Gabrielle Andersen-Scheiss, exausta, na maratona da mesma Olimpíada. Sou daqueles ingênuos que acreditam que através do esporte as pessoas esquecem suas diferenças. Daqueles que se emocionam ao ver os atletas das duas Coréias (Sul e Norte) participando de um desfile de abertura como uma única nação. Como queria o Barão Pierre de Coubertin, sempre tive a imagem de que a Olimpíada é uma forma de celebrar a paz entre as nações. Vejo então o COI permitir que a China, com seu regime opressor e anti-democrático, seja a atual sede. Não pense que por isso eu vou promover um boicote particular aos Jogos. O erro já foi feito. Só precisamos ter claro o quanto é antagônico a China sediar uma Olimpíada. O Barão deve estar triste.
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Futebol e Olimpíada não combinam muito. Pelo menos o masculino. Vide as confusões entre FIFA, clubes, seleções e a Corte Arbitral do Esporte (CAS). Mas não posso negar que, lá no fundo, acabo torcendo pelo ouro inédito. Particularmente, não acredito que ele venha. Só se Ronaldinho resolver jogar assim novamente:


No feminino, mais uma vez chegamos como um dos favoritos. As meninas são as atuais vice-campeãs olímpicas e mundiais. Assim como o Mozart Maragno, do Futebol das Mulheres, creio que temos boas chances. Estreamos hoje com um empate contra a Alemanha, atual campeã mundial.

O bom dos Jogos é que existe muita coisa legal pra ser vista. Por isso, durante esse período, pedimos licença para falar não somente de futebol aqui no blog.

Comentário de Abimael Forquilla: "As Olimpíadas também marcaram minha vida de uma maneira muito especial. Foi durante uma, a de Sidney, que fui demitido do jornal A Gazeta Esportiva. E é sempre uma ótima oportunidade para descobrir quantos países formam atualmente a antiga Iugoslávia, mais dividida do que a diretoria do Corinthians e só um pouco menos que o elenco do Vasco."

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