segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Terceirizando o bicho


Há uns dias, os gênios da imprensa nacional descobriram que o São Paulo "estaria pagando um estímulo em dinheiro para seus jogadores". Descobriram o bom e velho "bicho". Grandes coisas. Isso existe desde os tempos em que o Santos era um time sério e, sinceramente, quem reclama do bicho tem é inveja. Já pensou se o seu patrão prometesse um "a mais" a cada vez que você não fizesse mais do que a obrigação no trampo? O mundo seria um lugar melhor.

Agora, inovação mesmo, na bucha, é o que bolou o Avaí, time de segunda divisão que jogará, provisoriamente, a primeira do ano que vem. O site da agremiação nem abre direito e já vem a pergunta: "Quanto você doaria para ver o Avaí na Série A?".

A facada é explícita e despudorada. Clicando em "Saiba mais" descobre-se que a coisa, ainda por cima, tem valor mínimo. Não é aquele esquema de brodagem, mendicância-arte, "carqué 10 centavo tá valendo, chefia". Nada disso. Ou doa de R$ 25 pra cima ou se manda da Ressacada, pobre.

O pouco de decência que restava na iniciativa ficava na ressalva de que, caso o time não subisse, o dinheiro seria devolvido. Como o Leão da Ilha já conseguiu o acesso, perdeu, playboy. Agora, teu dinheiro tá na mão do clube que é presidido por João Nilson Zunino, médico e dono de uma rede de laboratórios .

Aliás, por falar em médico, o Avaí tem patrocínio da Unimed Florianópolis. Gente humilde, como podemos perceber, que tem todos os motivos do mundo para pedir dinheiro na cara-dura ao torcedor. Depois, fulano pega o apelido de Manezinho da Ilha e fica todo nervoso...

Nenhum comentário: