segunda-feira, 25 de agosto de 2008

A palavra dos mestres

Na noite de ontem, domingo, fiquei a pensar: o fim dos Jogos Olímpicos deixará este blog mais triste? Com menos notícias? Resumido ao campeonato brasileiro e aos emocionantes campeonatos europeus? Tal questão me parecia aporética ou, se assim não fosse, se encaminhava para uma melancólica conclusão. Mas, hoje, percebi que subestimava a potência do campeonato nacional. Eis algo rico!

Querido Mário Sérgio, sempre lembrado no podcast, fez um ataque contra a Copa Sul-Americana: seu time não pode desenvolver todo seu potencial e pôr em prática os mui evoluídos e geniais esquemas táticos do ilustre técnico devido à grande quantidade de jogos. Diz MS: "Desde que cheguei é jogo na quarta e domingo, quarta e domingo. Não dá tempo de fazer jogadas ensaiadas, finalização". Pobrezinho. Além de gênio, Mário Sérgio é humilde, em reconhecer as falhas suas e de seu time, se coloca como um Xamã ou curandeiro. Que exemplo...

Celso Roth reclamou do ímpeto dos adversários contra o Grêmio. Note: contra o Grêmio, única e exclusivamente! Palavras sábias deste grande e carismático orador (anote no seu caderninho de frases motivacionais): "O campo é muito difícil de jogar. Isso não justifica, é difícil para os dois. Mas isso não foi um jogo. Foi uma batalha. O Náutico fez de tudo para ganhar - ironiza Roth" (o simpático jornalista que escreveu a matéria gentilmente dotou sr. Roth da faculdade da Ironia). Amigo, na próxima vez pediremos para que não se jogue para ganhar, ok? Onde já se viu coisa dessa, entrar em campo com ímpeto?!? Os dois goleiros do Náutico podem explicar bem como funciona este lance de entrar com ímpeto, ou melhor, de tomar uma entrada impetuosa.

Porém, a maior demonstração de frieza, imparcialidade e sabedoria foi a declaração de Jorginho, um dos Sete Sábios do mundo antigo: "Saldo da Olimpíada foi muito bom". Não posso, neste momento, fazer um comentário adequado; tenho que voltar para casa e refletir muito. Que gênio! Jorginho nos lembra que o bronze foi muito bom, principalmente quando lembramos que houve problemas com a liberação de Rafinha e Diego; e que, se há algo que será sentido no futuro da seleção, é o fato de o Ronaldinho ter voltado a sorrir e de ter prazer em jogar. Que fofo!

Bonitas declarações dos "professores", me lembram de uma muito edificante de Luxemburgo. Ao defender Thiago dos Santos, lança uma pérola: "O Thiago dos Santos era 'gato'? Eu também fui! Isso é passado", ou seja, atire a primeira pedra quem nunca foi gato. Ah! Bons momentos do dente-de-leite!
Assim, caro leitor, não tema; assunto não faltará.

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